Entre as histórias bíblicas mais preciosas de minha infância, passando por Moisés, Daniel,
Jonas, Ló e a própria vida de Jesus, uma das mais contundentes é a história de Abraão, um homem que saiu “do nada” para se tornar pai de uma grande nação, que como a areia da praia e as estrelas no firmamento não poderia ser contada!
Para mim, o ápice de sua história é o episódio em que, após receber a promessa de Deus que teria um filho, do qual sairia uma nação, o próprio Deus pede a Abraão que entregue este seu filho, Isaque, o filho da promessa, num holocausto, um ritual em que se oferecia um animal - geralmente um cordeiro, sobre um altar de pedras.
Esta prática de oferecer crianças a divindades era comum a outros povos, e como um “ex-gentio” Abraão conhecia seu protocolo e significado.
Sem hesitar, Abraão tomou o filho, o fogo, a lenha, a corda, e subiu o monte para oferecer
sacrifício a Deus, mesmo sabendo que Isaque era o tão esperado filho de sua velhice e que poderia estar colocando em risco seu próprio sonho e o plano de Deus.
Mas em momento algum Abraão questionou Deus ou duvidou dEle. Abraão apenas
obedeceu.
A caminho do sacrifício no cume do monte, Isaque questiona o pai onde estava o cordeiro que deveria ser entregue na ocasião.
E aí vem a enigmática frase que sempre repito:”Deus proverá!”
A resposta de Abraão foi simples, rápida e clara: “Deus proverá!”
A confiança de Isaque em seu pai era tamanha que ele não volta a questionar, nem ficar
apreensivo. Tampouco receoso de que ele mesmo pudesse vir a ser a oferta do dia!
Por que esta curta resposta de Abraão - “Deus proverá!”, é tão significativa para mim?
Porque tenho experimentado em diversas ocasiões da minha vida que Deus realmente provê o que for necessário. Às vezes minha esposa se mostra apreensiva com alguma necessidade inesperada, uma urgência, uma despesa extra, um problema de difícil solução, uma situação que foge ao nosso controle, e a melhor resposta que posso dar a ela, do fundo da minha fraqueza e da minha incapacidade de resolver a situação, é: “Deus proverá!”.
Por muitas vezes eu repetia a ela a frase: “Deus proverá!”.
Agora basta dizer: “Você já sabe minha opinião”.
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