Entre as histórias bíblicas mais preciosas de minha infância, passando por Moisés, Daniel, Jonas, Ló e a própria vida de Jesus, uma das mais contundentes é a história de Abraão, um homem que saiu “do nada” para se tornar pai de uma grande nação, que como a areia da praia e as estrelas no firmamento não poderia ser contada! Para mim, o ápice de sua história é o episódio em que, após receber a promessa de Deus que teria um filho, do qual sairia uma nação, o próprio Deus pede a Abraão que entregue este seu filho, Isaque, o filho da promessa, num holocausto, um ritual em que se oferecia um animal - geralmente um cordeiro, sobre um altar de pedras. Esta prática de oferecer crianças a divindades era comum a outros povos, e como um “ex-gentio” Abraão conhecia seu protocolo e significado. Sem hesitar, Abraão tomou o filho, o fogo, a lenha, a corda, e subiu o monte para oferecer sacrifício a Deus, mesmo sabendo que Isaque era o tão esperado filho de sua velhice e que poderia estar col